De Coração a Coração: CAMINHO DO MEIO X DUALIDADE

De Coração a Coração: CAMINHO DO MEIO X DUALIDADE:

CAMINHO DO MEIO X DUALIDADE

Por Mauro Müller Existe uma celebre frase de Buda: “Ame a ti mesmo e depois observe.”  

CAMINHO DO MEIO X DUALIDADE

CAMINHO DO MEIO X DUALIDADE
Por Mauro Müller
Existe uma celebre frase de Buda: “Ame a ti mesmo e depois observe.”

Uma das facetas mais conhecidas do budismo é o “Caminho do Meio”, que é exemplificado abaixo:

“Em um sentido mais amplo, o “Caminho do Meio” refere-se à visão correta da vida ensinada por Buda, e às ações ou atitudes que geram felicidade para si próprio e para os outros. Por essa razão, o budismo é também referido como “Caminho do Meio”, indicando uma transcendência e conciliação dos extremos de visões opostas”.

Mas o que realmente significa isso?
De que forma, vivendo em um mundo de dualidade, podemos conciliar os opostos?
Devemos entender isto como?
Não ser feio e nem bonito?
Não ser inteligente e nem burro?
Ou sermos nós mesmos?

A união dos opostos não significa que não possamos ser bonitos ou feios, burros ou inteligentes, a união dos opostos, a dualidade, significa que devemos ser nós mesmos de forma amorosa: bonitos, feios, burros, inteligentes, etc.

A escolha sempre será nossa, mas devemos ser sempre amorosos conosco. Somos únicos e não precisamos ser diferentes de nós, não precismos seguir uma cartilha de quem quer que seja, não precisamos viver uma normalidade instituída por algum mestre, guru ou quem quer que seja. Assim, vamos começar a perceber o que é caminhar pelo “Caminho do Meio”.

Então, para caminharmos pelo “Caminho do Meio”, dentro da dualidade, objeto de estudo deste texto, devemos antes de qualquer coisa nos aceitar exatamente como somos, aceitar nosso opostos “lobo preto e lobo branco” e amá-los, sem nenhum julgamento, assim, automaticamente, vamos aceitar o quer que seja nos outros.

É, mas isto é uma tarefa árdua, precisamos de muito trabalho para nos conhecer de verdade, e com certeza, em muitos casos, pode ser um processo doloroso e é desta parte que a maioria corre, ou porque acha que não consegue fazer este trabalho ou porque a culpa está nos outros, ou seja, sempre arruma uma justificativa para não encarar suas mais inimagináveis sombras, que podem ser tanto o “lobo preto” ou o “lobo branco”.

Um dos conceitos mais difíceis de ser compreendido e assimilado é que o Universo sempre vai, magicamente por assim dizer, trazer até nós tudo aquilo que precisamos amar dentro de nós, tudo que negamos e julgamos, e pelo destino, vem tudo nos julgamentos que fazemos dos outros.

Sim, o outro sempre será nosso espelho, ele sempre vai nos trazer algo para nosso aprendizado e sua presença sempre deverá ser entendida como necessária e perfeita. Devemos compreender o que ele traz através de nossos julgamentos e amar isto. Após isto, pode ser que ele nunca mais apareça na nossa frente ou que simplesmente aquilo que julgávamos nele deixe de nos incomodar, ou seja, aceitamos ele do jeito que é.

Depois de um tempo que começamos a nos aceitar, a nos liberar dos julgamentos que fazemos dos outros e por consequência de nós mesmos, vamos perceber que sermos nós mesmos é algo fabuloso, podemos ser, ter e fazer o que quisermos, e a boa notícia é que o Universo como sempre o fez, vai nos apoiar em nossa jornada.

Em geral, as pessoas tem uma dificuldade de entender a aceitação, elas pensam que significa aceitar uma determinada situação sem reação, aceitar uma ofensa sem reação, ou seja, baixar a cabeça, ser subserviente. Absolutamente não é nada disso!

Aceitar, em outras palavras, é amar isso, e perceber que aquilo que se apresenta e julgamos é nosso espelho, aceitar é agir de acordo com o que somos de forma íntegra, sem julgamentos.

Em cada situação, por menor que seja, tem muito de nós, fazendo da vida um grande parque de diversões, mas infelizmente, depois do treinamento que tivemos quando crianças, achamos que a vida é séria e deixamos nosso lado criança e original, para assumirmos uma cópia de um monte de pessoas, ou seja, viramos ADULTOS.

Então, caminhar no “Caminho do Meio” dentro da dualidade parece até um paradigma, mas basicamente é nos assumirmos completamente, sem medo, culpas, karmas, etc.

Arrematando, quando unimos os opostos dentro de nós, simplesmente sendo nós mesmos, perceberemos que os opostos de fato não existem e o que existe na verdade é simplesmente a criação, TUDO que É.

Pela minha experiência no uso do 3SPL isso acontece de uma forma quase que transparente, mas a dedicação em praticar o método é fundamental.

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Mauro Müller
Fonte: http://mauromuller.wordpress.com/2012/08/27/caminho-do-meio-x-dualidade/