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terça-feira, agosto 25, 2015

♥ De Coração a Coração ♥: ESTAR NA NATUREZA MUDA O CÉREBRO

ESTAR NA NATUREZA MUDA O CÉREBRO:



ESTAR NA NATUREZA MUDA O CÉREBRO


ESTAR NA NATUREZA MUDA O CÉREBRO
Publicado em 19/8/2015, por Biologia da Crença



Quando foi a última vez que vocês estiveram fora na Natureza?

“Como caminhar na Natureza muda o cérebro”
Por Gretchen Reynolds

“Um passeio no parque pode acalmar a mente e, no processo, mudar o funcionamento de nossos cérebros de maneira que melhora a nossa saúde mental, de acordo com um novo estudo interessante dos efeitos físicos sobre o cérebro ao se visitar a natureza.”

“A maioria de nós atualmente vive em cidades e gasta muito menos tempo nos espaços verdes do lado de fora do que as pessoas fizeram em diversas gerações passadas. Os moradores da cidade também estão sujeitos a um risco maior de terem ansiedade, depressão e outras doenças mentais do que as pessoas que vivem fora dos centros urbanos, demonstram os estudos.”


“Esses desenvolvimentos parecem estar ligados em alguma medida, de acordo com um corpo crescente de pesquisa. Diversos estudos constataram que os moradores urbanos com pouco acesso a espaços verdes têm uma incidência mais elevada de problemas psicológicos do que as pessoas que vivem perto de parques, e os moradores da cidade que visitam ambientes naturais têm níveis mais baixos de hormônios do estresse imediatamente após, do que pessoas que não estiveram fora recentemente.”

“Mas, como uma visita a um parque ou a outro espaço verde pode alterar o humor não está claro. Encontrar-se na natureza realmente muda os nossos cérebros de algum modo que afete nossa saúde emocional?”

“Essa possibilidade intrigou Gregory Bratman, um estudante graduado no Programa Interdisciplinar Emmett em Ambiente e Recursos, na Universidade de Stanford, que vem estudando os efeitos psicológicos da vida urbana. Em um estudo anterior, publicado no mês passado, ele e seus colegas descobriram que os voluntários que caminharam por um curto período pela parte verde luxuriante do campus de Stanford estavam mais atentos e mais felizes do que os voluntários que passearam, durante o mesmo período, perto do trafego pesado.”

“Mas, esse estudo não examinou os mecanismos neurológicos que poderiam estar subjacentes aos efeitos de se estar do lado de fora na natureza.”

“Assim, pelo novo estudo que foi publicado na semana passada, em Procedimentos da Academia Nacional de Ciências, o Sr. Bratman e seus colaboradores decidiram examinar de perto que efeito uma caminhada pode ter sobre a tendência de alguém se sentir infeliz. Tal tendência é conhecida entre os cientistas cognitivos como ruminação mórbida, é um estado mental familiar para a maioria de nós, em que parece que não conseguimos parar de especular sobre as formas em que as coisas estão erradas com nós mesmos e nossas vidas. Isso não é saudável nem útil. Pode ser o precursor da depressão e é desproporcionalmente comum entre os moradores da cidade em comparação com as pessoas que vivem fora das regiões urbanas, os estudos demonstram.”

“Talvez, o mais interessante para os objetivos do Sr. Bratman e seus colegas, contudo, tal ruminação também está fortemente associada à atividade aumentada em uma parte do cérebro conhecida como córtex pré-frontal ‘subgenual’. Se os pesquisadores pudessem controlar a atividade nessa parte do cérebro antes e após as pessoas visitarem a natureza, o Sr. Bratman entendeu, eles teriam uma ideia melhor sobre em que medida e se a natureza muda as mentes das pessoas.”

“O Sr. Bratman e seus colegas, primeiramente reuniram 38 adultos saudáveis, moradores da cidade, e pediram-lhes que preenchessem um questionário para determinar o seu nível normal de ruminação mórbida. Os pesquisadores também verificaram a atividade cerebral em cada córtex pré-frontal subgenual, utilizando escâner que controlava o fluxo sanguíneo do cérebro. Maior fluxo sanguíneo em partes do cérebro, normalmente é sinal de maior atividade naquelas áreas.”

“Em seguida, os cientistas designaram, aleatoriamente, metade dos voluntários para caminharem, durante 90 minutos, por uma parte frondosa, tranquila e parecida com um parque, no campus de Stanford, ou próximo a uma estrada barulhenta e agitada de pistas múltiplas em Palo Alto. Os voluntários não foram autorizados a ter companhia ou ouvir música. Foram autorizados a caminharem em seu próprio ritmo.

Imediatamente após terminarem a caminhada, os voluntários voltaram ao laboratório e repetiram tanto o questionário quanto o escaneamento do cérebro.

Como se poderia esperar, a caminhada ao longo da estrada não acalmou a mente das pessoas. O fluxo sanguíneo do córtex pré-frontal subgenual estava ainda elevado e as suas pontuações quanto a estarem pensativos/infelizes ficaram inalteradas.

Mas os voluntários que passearam ao longo dos caminhos arborizados e tranquilos demonstraram uma ligeira, mas significativa, melhoria em sua saúde mental. De acordo com as pontuações no questionário. Eles não estavam se mantendo nos aspectos negativos de suas vidas tanto quanto estavam antes da caminhada.”

“Eles também tinham um fluxo sanguíneo menor em seu córtex pré-frontal subgenual. Essa parte dos seus cérebros estavam mais tranquilas. Esses resultados ‘sugerem fortemente que sair para ambientes naturais’ pode ser um meio fácil e quase imediato de melhorar o humor dos moradores da cidade, disse o Sr. Bratman.”

“Mas, de fato, muitas perguntas permanecem, disse ele, inclusive quanto tempo na natureza é o suficiente ou ideal para a nossa saúde mental, bem como que aspectos do mundo natural possuem mais efeitos calmantes. É a vegetação, a tranquilidade, a luz do sol, cheiros de terra, tudo isso, ou algo mais que eleva nosso humor? Será que precisamos estar caminhando ou de algum modo fisicamente em atividade do lado de fora para obtermos os benefícios psicológicos mais plenos? Deveríamos estar sozinhos ou poderia o companheirismo amplificar as melhorias do humor?”

‘Há uma tremenda quantidade de estudo que ainda precisa ser feita’, disse o Sr. Bratman.”

“Mas, enquanto isso, ele assinalou que há pouca desvantagem em se passear em um parque mais perto, e alguma chance de que vocês possam amortecer beneficamente, pelo menos por algum tempo, o seu córtex pré-frontal subgenual.”

Eu vou almoçar do lado de fora.
Quem quer ir comigo?

Tenham um dia lindo.


Por favor, respeite os créditos ao compartilhar
http://stelalecocq.blogspot.com/2015/08/estar-na-natureza-muda-o-cerebro.html
Direitos Autorais: http://well.blogs.nytimes.com/2015/07/22/how-nature-changes-the-brain/
Tradução: Ivete Brito – adavai@me.com – www.adavai.wordpress.com
Grata Ivete!

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