Por Andrew Martin
Em 23 de fevereiro de 2015
No meu trabalho eu frequentemente descubro que as pessoas que apenas estão começando a despertar têm esse grande sentido de querer fazê-lo do “jeito certo”.
Este desejo normalmente vem de uma posição nobre.
Uma posição de querer fazer certo.
Uma posição de querer honrar Deus ou o Universo ou o Espírito ou a Fonte ou o nome que elas dão.
Eu adoro quando as pessoas têm esta intenção de querer fazer certo, porque isso me mostra que seu coração está abrindo e elas estão numa posição de querer viver conscientemente.
Entretanto, eu também descubro que para muitas pessoas essa ideia pode impedi-las de começar a explorar seu relacionamento com o Espírito até antes de elas começarem.
Elas se encontram confrontadas com todo esse dogma construído ao redor da espiritualidade e começam reflexivamente a encerrar sua expansão.
Em minha opinião, dogma e regras sobre ser e fazer não pertencem à prática espiritual.
Elas são a antítese do que significa ter uma experiência espiritual.
A questão é cultivar sua própria conexão e encontrar o que funciona para você.
A ferramenta mais poderosa que se pode ter na jornada espiritual é o sentido de discernimento.
A espiritualidade é para todos e as experiências são tão variadas e únicas quanto as pessoas que as estão tendo.
Ser espiritual não se trata do que você veste ou do que você come ou do que você diz ou de como você se chama.
Trocar seu nome para Brócolis, Flor, Lua, Asa e somente vestir roxo e mastigar sementes de Chia o dia inteiro não o torna espiritual.
Você não tem que pôr em caixa alta o EU SOU toda vez que você o grafa ou mudar a palavra humano para HUEmano para ser espiritual.
Se qualquer uma dessas coisas o faz sentir-se mais perto de sua Fonte, então certamente use-a!
Mas nenhuma delas garante que sua experiência será mais válida ou menos válida espiritualmente que a outra.
Eu creio que se trata de seu relacionamento pessoal com a centelha divina que está dentro de tudo.
Trata-se de viver na verdade de quem você é em cada e em todos os momentos como você sabe.
Trata-se de reconhecer que todos estão fazendo o melhor que podem do ponto que eles estão.
Eu creio que é uma permissão em constante evolução do fluxo do Universo ser infundido em toda ação, pensamento e palavra nossa.
Mas, acima de tudo, espiritualidade é uma prática consciente de assumir a responsabilidade por aquilo que criamos.
Uma prática que não tem fim.
É o entendimento de que nós somos os criadores de tudo que vemos, fazemos, temos e experimentamos.
Sim, nós cairemos, sim, nós julgaremos, sim nós diremos coisas a partir de uma posição de raiva.
Sim, nós seremos desonestos e nos esqueceremos de meditar por dias em alguma época.
Mas não deixe a percepção de ter cometido um erro engane você e o leve a pensar que você é menos espiritual que o outro.
O ego é um filho da mãe escorregadio e frequentemente nós nos encontramos engajados numa jornada do ego disfarçada como uma jornada do espírito.
Seja fiel ao que ressoa como verdadeiro para VOCÊ.
Descubra o que você ama e o que o enche de alegria e vire o dial para seu brilho interior.
Encontre o meio de ser a incorporação da alegria, compaixão e amor de qualquer modo que você puder.
Permita-se a experiência espetacular, confusa, alegre de ser humano e saiba que quando esta vida acabar, outra começará e você terá que se manter evoluindo em sua prática espiritual.
Há infinitas estradas até o topo da montanha e todas elas levam ao topo da montanha.
Ninguém tem que decidir como se parece a espiritualidade para você.
Coma carne, não coma carne.
Ore, não ore.
Diga Namastê ou não diga.
Compre um tapete de ioga, vá malhar na academia ou sente no sofá e seja vegetariano.
Todos nós somos feitos de estrelas e todos nós somos fonte de energia em um avatar humano.
Faça você.
Ame você.
Compartilhe com outros.
Pratique compaixão.
Viva a sua vida.
Nós estamos aqui para que o estado sem forma da Fonte possa ter a experiência de estar em forma como nós.
É isso.
Não há respostas complicadas.
Não há o “eu te pego” se de algum modo você tropeça e cai.
Saia, transe, cometa erros.
Ria, chore, dance e grite.
Apenas não permita que ninguém lhe diga como a espiritualidade deveria parecer, ser, fazer, soar ou agir.
Respeite as escolhas dos outros como você respeita a sua própria escolha e confie que todos nós estamos fazendo o melhor que podemos fazer para chegar ao topo da montanha.
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